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Joguei o about pra esse lado

México - parte 2

México - Parte 2

Dando continuidade as informações sobre o México, vou colocar adiante quais foram as minhas percepções sobre as cidades em que passei, Guadalajara e Cancún.

Em Guadalajara nós chegamos a ir em uma boate e achei bem diferente a forma como as pessoas agiam lá dentro. Enquanto aqui nós nos deparamos com pessoas dançando, mais animadas, lá eles ficavam sentados, papeando entre si, mais parados. Acho que eu só vi uma mulher dançando, que inclusive se aproximou da gente depois que viu que estávamos animados dançando. Porém, mesmo assim a noite foi muito divertida.
Uma dica que eu dou para quem puder é conhecer a fábrica da Jose Cuervo que fica na Cidade da Tequila, bem próximo de Guadalajara. Você pode ir de carro ou de trem com a Jose Cuervo Express. O trem foi lançado recentemente e é super divertido, agradável, com algumas participações de pessoas locais no decorrer da viagem. A fábrica em si é super interessante, você pode fazer um tour (verificar como funciona, se precisa agendar) e conhecer o processo de como é feita a tequila, a história da Jose Cuervo e várias outras informações. É uma parada bem bacana, principalmente para quem curte tequila. Vocês podem conhecer também as plantações de agaves.
A comida no México é bem diferente do que estamos acostumados a comer em restaurantes mexicanos no Brasil. Ela é muito melhor. Eu costumava frequentar muito o Rota 66, pois acho a comida ótima e o ambiente também, mas depois que voltei de viagem fico até frustrado de comer lá, pois me lembra que o gosto não é parecido rsrs
Uma coisa curiosa no café da manhã deles é que eles comem comida, então é comum você ver no café coisas como feijão, carnes e outras coisas. Achei estranho rsrs Não consegui comer rs
Falando sobre as pessoas, todos foram muito simpáticos conosco, principalmente quando sabiam que éramos brasileiros. Você percebia uma boa recepção por parte dos mexicanos. Isso realmente foi acolhedor.
Já em Cancun, nós ficamos hospedados em um Resort, o Beloved Hotel Playa de las Mujeres. Bom, só tenho uma coisa a dizer: INCRÍVEL! O local é paradisíaco, com uma infraestrutura invejável e com várias opções de entretenimento, lazer e restaurantes. O sistema era All Inclusive, ou seja, fizemos a festa haha Tudo era do bom e do melhor. Comida a vontade, restaurantes com culinárias específicas e diferenciadas, serviço de quarto de primeira e os quartos eram lindíssimos e enormes. A varanda do meu quarto era duas vezes a minha casa rs Só tenho elogios para o hotel, seja pelo espaço e pelo atendimento. Na noite de despedida eles ainda foram no nosso quarto e deram um doce como cortesia que vinha escrito “boa viagem” em inglês. Muito atenciosos!

Na noite de Cancún, fomos no famoso Coco Bongo. A balada é demais!!! Algo muito diferente do que temos costume de ver aqui. Tem uma série de shows, interpretações de bandas, cantores, cenas de musicais e outras coisas. É um local enorme, onde você podia ver pessoas de várias nacionalidades e bem animados. É bem louco o ambiente, cheio de informações rsrs Muito divertido e super recomendo. Se eu não me engano o ingresso para entrar foi 50 dólares. Na região em que fica o Coco Bongo tem uma série de bares e lugares para curtir a night.

Até a próxima! =)

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México - parte 1

México - Parte 1


Em Julho de 2013 eu tive a oportunidade de ir com amigos ao México através de um concurso da José Cuervo. Colocarei abaixo algumas das impressões que eu tive das cidades que visitei, nessa ocasião Guadalajara e Cancún. Como foi uma viagem que ganhamos em um concurso cultural, logo não conseguimos ter a oportunidade de conhecer tanto assim dos pontos turísticos, mas foi uma viagem inesquecível e que eu acredito que posso contribuir com algumas informações.

Voos

Nunca subi e desci tanto de um avião rs O trajeto foi:

Ida para Guadalajara

RJ ---> Panamá ---> Guadalajara

Ida para Cancún

Guadalajara ---> Cidade do México ---> Cancún

Volta para o RJ

Cancún ---> Panamá ---> RJ

Viajamos a maior parte do tempo com a Copa Airlines, sendo que na parte interna do México foi com a Aeroméxico (péssima rs). Sobre a Copa, eu não tenho do que reclamar. As refeições a bordo foram boas (nenhum jantar 5 estrelas, mas todos sabemos que dificilmente você tem uma ótima refeição em cia aérea), porém com um bom atendimento, a poltrona não era desconfortável e ocorreu tudo sem problemas. Já com a Aeroméxico, o nosso voo atrasou, depois fizeram com que esperássemos 5h para o próximo e a primeira classe não tinha nada de primeira, senão o tamanho da poltrona que era maior que o das outras. Além disso, o voo foi mais turbulento. Na hora de aterrissar parecia que o piloto estava mexendo no brinquedo do Kaboom rs Não recomendo.

Parada no Panamá

Paraíso das compras? Hmmm nã nã ni nã nãooo rsrs
Muitos falam que o aeroporto da Cidade do Panamá é maravilhoso para fazer compras e que você entra lá querendo comprar tudo pelos preços. Pois é, fomos com essa expectativa de encontrar as melhores coisas pelos melhores preços. Conclusão? Nos enganamos! Rs Para nossa tristeza, não era bem como as pessoas diziam. Lá, de fato, você encontra uma coisa ou outra com um preço um pouco mais em conta do que em outros lugares, mas a maioria era o mesmo preço, até mesmo comparado ao freeshop do RJ. Os perfumes lá tinham uma variação de 2 dólares mais barato, mas não eram todos. De resto, era tudo o mesmo preço. Eu comprei um Ipad mini, por exemplo, pagando 399 dólares. Ok, é mais barato que você comprar numa loja no Brasil, porém comprar nos EUA ainda é mais vantagem.
Com isso, o que percebi é que o Panamá não é o paraíso de compras que muito se lê por aí. Uma pena... ficamos realmente frustrados =\

Aeroportos no México


Uma coisa que é importante é você se programar para chegar com um certo tempo de antecedência no aeroporto. Ok, isso é a regra básica de qualquer viagem, mas no final das contas nunca chegamos tão antes quanto deveríamos e lá no México é fundamental. Além de você correr o risco de levar um “esporro” básico dos funcionários (sim, nós levamos rs) o processo deles parece mais burocrático. As filas são grandes, eles revistam quase todos e fazem inúmeras perguntas. Eu pensei que estava entrando nos EUA rs O que percebi é que eles são bem exigentes com relação a entrada de turistas. Para vocês terem uma ideia, nós chegamos em Guadalajara por volta das 23h da noite, depois nós tivemos que entrar numa fila enorme, onde além do cara na cabine fazer perguntas, vinha outro na fila conferindo os documentos e perguntando também. Depois fomos pegar a mala e, após isso, mais uma vez enfrentamos outra fila grande, onde fizeram novamente mais perguntas (tipo, muitas rs) e depois você apertava aquele botão “aleatório” que se caisse verde você ta liberado e vermelho você é revistado. Eu tive sorte e passei direto, mas do grupo de 9 pessoas em que eu estava, 7 foram parados, literalmente rs Conclusão, saímos de lá quase 2h da manhã.

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Itália - parte 2

Itália - parte 2

As bebidas e as comidas

As bebidas
 
O que achei mais interessante com relação às bebidas na Itália é que no almoço e/ou na janta, normalmente não se bebe refrigerante. Vi pessoas bebendo vinho, algumas bebiam até mesmo cerveja – mas o mais comum mesmo é um copo d’água junto com a refeição. Pra mim a ideia sempre me pareceu estranha porque água com refeição sempre me fez inchar, mas até que me acostumei à ideia. Comecei a beber mais água depois de ir pra Itália, porque a água lá é muito boa. Tem um gosto incrível e o melhor de tudo é que existem fontes pela rua, e você pode beber a água diretamente dali. Algumas pessoas até enchem suas garrafinhas com a água das fontes que encontram pela rua. Incrível. Quando eu disse a algumas pessoas que se bebe refrigerante no almoço aqui no Brasil, todos achavam muito estranho.
 
As cervejas
Gostei de muitas cervejas italianas, mas as minhas preferidas foram a Peroni e a Moretti. A cerveja Tennent's é uma cerveja por eles chamada strong e me deixava meio mal depois de uma só garrafa. O efeito é instantâneo, depois de uma long neck já não estava mais sóbria. Sou bem fraca, mas aquela cerveja é bem forte mesmo! Ao menos assim me disseram. As cervejas normalmente são bem caras no bares (uma caneca de cerveja custa 5 euros, equivalente a quase 15 reais!). O que achei interessante é que as latinhas de cerveja tem normalmente 500ml, e a cerveja média (em um copo) tem 400ml.

A Fanta
Primeira de tudo: Fanta uva não existe na Itália. Além disso, a Fanta laranja italiana não é laranja, paradoxalmente, e tem uma cor estranha tipo bege. Uma noite, estávamos em um bar chamado The Moon, em uma cidade chamada Venaria (Turim), que é onde meu namorado mora. Um amigo dele chamado Roberto Vietti pediu uma Fanta ao garçom, e então me perguntei como é que ele faria pra descobrir se o Roby queria Fanta laranja ou uva, mas depois entendi que só existe a laranja na Itália. Quando seu pedido chegou, aquela cor me interessava muito, porque aqui no Brasil a cor da bebida é bem parecida à cor da latinha: bem laranja, bem abóbora! Mas lá a bebida tem uma cor bem mais clara.

A caipirinha
Eles conhecem a nossa caipirinha, mas em muitos bares vi escrito "caipiriña", o que me fazer pensar que talvez eles pensem que é uma bebida espanhola e não brasileira!

A grappa
Muito tradicional, a grappa é uma bebida alcoólica que é feita com resíduos de bagaço de uva. Achei fortíssima (me lembrava um pouco a nossa cachaça).

O spritz
Agora se tornou muito popular esse aperitivo chamado spritz. Na cidade de Pádua, o couchsurfer Fabrizio Culotta me apresentou ao spritz, que praticamente é uma mistura de vinho branco (ou Aperol ou então Campari) e água com gás. A cor era um pouco alaranjada, e no bar onde estávamos o spritz era servido com batatinhas fritas tipo Ruffles.

O vinho
Diria que o vinho é a bebida alcoólica mais apreciada pelos italianos. Não só durante as refeições: muitas vezes amigos que saem à noite juntos passam no supermercado e compram uma, duas, três garrafas de vinho e qualquer lugar é uma boa ideia para se sentar, abrir a garrafa, beber e bater papo. Existem inúmeros tipos de vinhos, então pergunte a alguém qual vinho te recomendam e você vai sempre ter uma resposta boa.
 
 
As comidas

Certamente essa será a seção mais longa desse livro! Infelizmente não sou uma expert em culinária, então a minha visão descrita nesse livro é absolutamente superficial e sem muito aprofundamento específico. Fiz minhas simples e rápidas anotações em um pequeno diário todas as vezes em que ia a um restaurante e comia algo novo. Tudo era novidade!
É fácil perceber que os italianos tem bastante orgulho da culinária deles. A primeira pessoa que me fez perceber isso foi um amigo especial chamado Andrea Cavallo, uma pessoa incrível que tive a sorte de conhecer. Em um bar chamado Manhattan, em Turim, ele me falava de tantas comidas e bebidas italiana, por bastante tempo. Os italianos sentem prazer em recomendar algo e querem sempre farti assaggiare (fazer você provar) algo propriamente italiano, seja um das inúmeras combinações com a pasta, seja com algum doce, enfim. Esse comportamento fazia com que eu me sentisse constantemente convidada a entrar no mundo deles: a cada mordida ou gole que eu dava, provando algo novo, via nos olhos deles a curiosidade de saber se aquilo tinha me agradado ou não, esperando uma resposta positiva claro, como se dissessem: “e aí, gostou?” Posso dizer que 95% desses momentos terminaram com um gesto meu facial (não falava porque comia ou bebia ainda) como se eu dissesse “nossa, é bom mesmo!” e em segundos eu recebia um olhar em resposta à minha reação, como se me dissessem: “viu? É bom mesmo e eu tinha certeza de que você iria gostar”.
A culinária italiana é mesmo tradicional e muitos italianos comem não só porque tem fome (às vezes nem estão mais com fome!), mas também solo perché è buono! (só porque a comida é boa).

A senape
Existe uma coisa chamada senape, que é parecida com a nossa mostarda, mas o que acontece é que existe uma outra coisa chamada mostarda, mas é uma amarelo quase bege. O que fiquei sabendo é que a mostarda deles é uma preparação picante a base de senape. Já que ela é amarela como a nossa mostarda, e a mostarda deles é bem diferente, quando fui fazer estrogonofe para alguns amigos italianos (ninguém o conhecia!), usei a senape.

As frutas
O limão que eles usam lá é aquele limão siciliano, o amarelo. Até tem limão verde, mas fica numa parte pequenina do mercado, na seção "frutos exóticos", que é onde fica a manga (com uma plaquinha escrito: origem: Brasil), assim como o mamão, a carambola etc. A maçã deles é amarela e não vermelha! É muito comum comer morangos como sobremesa, depois do almoço por exemplo. É normal cortar os morangos em pedaços pequenos e adicionar suco de limão. Fica ótimo, um líquido vermelho que o limão faz o morango soltar.

A pasta
Sim, eles comem massa todo dia. Todo dia. Realmente tutti i giorni. Existem milhares de tipos de fazer a pasta, para citar algumas:
 
Pasta al pesto (uma muito famosa da qual todos gostam muito, é simplesmente massa com pesto, que é um molho a base de manjericão)
 
Spaghetti al pomodoro (espaguete com molho de tomate)
 
Bucatini tonno e acciughe (esse é o macarrão furadinho com atum e anchovas)
 
Tagliolini al ragù di tonno (esse é o macarrão fininho, com o que conhecemos como molho bolonhesa, e atum)
 
Gnocci alla crema di ricotta (nhoque ao creme de ricota)
 
Spaghetti ai frutti di mare e patate (espaguete com frutos do mar e batatas)
 
Existem outros mil tipos de pasta, mas todas que comi eram sempre muito boas. Uma coisa engraçada é que não pensava que a lasanha fosse considerada pasta, mas é, e é comida como primo piatto, ou seja, depois da lasanha ainda se come o secondo piatto. Aqui no Brasil se come lasanha e basta, é a refeição completa... pelo menos na minha casa sempre foi assim.
 
A pizza
Todas as vezes em que fui a um restaurante e pedi uma pizza, o que eu recebia era na verdade uma pizza família super gigante. Eu infelizmente fazia uma figurona porque não conseguia comer tudo. É incrível, a pizza ocupava o prato todo! A dizer a verdade, eu esperava que a pizza fosse uma coisa do outro mundo, pelo que me haviam dito sobre a pizza italiana. Mas na verdade não senti muita diferença entre a pizza italiana e a brasileira. A única diferença que notei é que a borda da pizza italiana é normalmente queimadinha.

As refeições
Os italianos comem tudo separado. Primeiro vem o primeiro prato (pasta, salada, sei lá, qualquer coisa) e depois é que se come a carne (frango, porco, etc). Em Centocelle, Roma, quando cozinhei o estrogonofe, o primeiro prato foi uma salada. Então se come a salada toda sozinha e depois sim vem o estrogonofe. Um amigo que visitava Roma comigo, Giuseppe Alessandro, também não conhecia o estrogonofe, e realmente não se demonstrava muito confiante enquanto eu cozinhava. Acho que os italianos pensam que só eles sabem cozinhar bem! Brincadeiras à parte, um jantar para eles pode ser simplesmente macarrão com molho ou um prato de frios com salame (que é muito bom!). De manhã, comer algo salgado é estranho pra eles. Em um bar, uma vez, pedi um pão com salame e meu namorado me disse: ma che strano! Na verdade estranho mesmo foi ver que se come coisa doce de manhã, que é o que eles chamam de brioche, como se fosse um salgado de chocolate...

Comidas que recomendo
La bresaola
Conheci a bresaola através do Lillo, meu namorado.   Nunca tinha ouvido aquele nome antes, e acho que a minha vida pode se dividir em duas fases: a fase pré-bresaola e a pós-bresaola. Praticamente a bresaola é obtida da carne de boi mas se come crua. Se comem fatias bem fininhas de bresaola com bastante azeite por cima, ou então com i grissini (que são pequenos bastões torrados de pão, e que possuem vários sabores).

La porchetta
A porchetta é a carne de porco assada italiana, que é uma das minhas comidas preferidas. Em Ariccia, uma cidadezinha perto de Roma, a porchetta era absolutamente perfeita. Meu anfitrião Gianni me levou lá e comemos pão com porchetta, assim sem mais nada. O melhor e mais simples sanduíche da minha vida!

Le olive ascolane
Em um restaurante na minha primeira noite em Roma, meu anfitrião Gianni me sugeriu comer le olive ascolane¸que eram azeitonas à milanesa, ou seja, fritas como fazemos o bife “à milanesa” aqui no Brasil. Gostei muito das azeitonas assim.

O kebab
Algumas coisas que comi na Itália, nunca as havia comido no Brasil antes. O kebab é uma delas. Até existe em São Paulo, mas não no Rio. Praticamente é um sanduíche (normalmente embrulhado em forma de cone) com pedaços de carne dentro, salada, batata frita etc. Não é algo que se deve comer todo dia, mas ao menos uma vez se deve provar. A carne é assada em um espeto vertical (é um pedaço de carne gigante!) e o kebab é muito conhecido na Itália.

O supplì
Essa bolinha de massa frita com arroz é muito boa, e quando a comi pela primeira vez, quentinha, me apaixonei. Recomendo!

Coisas que não existem ou não são muito apreciadas
Na Itália não se come manga, mesmo existindo no mercado. São poucas, em uma seção separada que ninguém costuma ver. Lá também não existe (ou seja, não se conhece): mamão, coco verde (só existe o marrom) e tantas outras frutas; leite condensado; doce de leite; guaraná; coração de galinha (e normalmente se franze a testa quando falo que se come coração no Brasil) e tantos outros alimentos.

O azeite
O azeite é muito usado na Itália, até mesmo para fritar. Mas o azeite considerado como o melhor é o extra virgem, claro.

O gelato
O sorvete italiano não se compara a nenhum outro que eu já havia comido no Brasil. Sinceramente. Existe o tipo industrializado, mas o sorvete caseiro é sem dúvida o melhor de todos. Entrar em uma gelateria era como entrar em um sonho, com tantos sabores para escolher... Qualquer hora é hora pra um bel gelato e existe até gelato de Kinder Bueno!

O pão
Não se come pão com manteiga (que em italiano se diz burro, leia depois na seção “A língua italiana” os falsos cognatos) ou margarina: lá se come pão com salame, pão com presunto ou queijo, enfim, sempre sem manteiga ou margarina. Existe um tipo de pão que se chama focaccia, é como se fosse pão com azeite. É muito bom também!

O pepperoni
O nosso pepperoni, que é aquele salame picantinho (americano), na Itália é como o nosso pimentão. Ou seja, pedir uma pizza de pimentão não seria uma boa ideia!

O presunto
Não existe somente presunto cozido, mas também presunto cru (prosciutto crudo). Só não esperava que fosse tão bom!

O queijo
Existem milhares de tipos de queijo: a ricota, o gorgonzola, a mozzarella, o queijo parmesão, a toma... todos muito bons e com texturas diferentes.
 
Salsiccia x Wurstel
A nossa salsicha não é a salsiccia deles, porque a salsiccia deles é a nossa linguiça, mas uma linguiça meio marrom, mas muito boa também. A nossa salsicha nossa lá se chama Wurstel, que é um nome alemão, mas se chama assim.

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Itália - parte 1

Itália - Parte 1

A casa e a imagem do Brasil para os italianos


A casa
 
A primeira casa italiana em que entrei foi um apartamento no bairro de Centocelle, Roma. Era o apartamento de um senhor chamado Gianni, e ele me hospedou na sua casa sempre com muita receptividade e com sorrisos a troco de nada... Lá vivia um colombiano também muito simpático chamado Michele e assim que nos conhecemos me fez sentir muito bem-vinda naquela casa. O bairro Centocelle era bem simples, mas foi o primeiro lar em que entrei e foi muito especial.
Os membros italianos da comunidade Couchsurfing, da qual faço parte, sempre foram muito receptivos comigo, abrindo a porta de suas casas para uma brasileira louca, mochileira, apaixonada pela Itália e com tanta curiosidade de conhecer tudo e todos. Nas cidades em que fui (Roma, Florença, Milão, Turim, Pádua e Veneza), percebi que a casa é um ambiente especial para os italianos, e notei algumas coisas de diferente ou estranho com relação ao espaço físico da casa e alguns hábitos.
 
A cozinha
Em todas as casas que entrei na Itália (e em albergues e hotéis também) tem água quente (virar a torneira para a esquerda) e água fria (para a direita). A água é potável, ou seja, você pode tomar banho e não se precisa preocupar ao beber um pouco daquela água. É assim não só nos banheiros, mas na cozinha também. Normalmente na pia existem duas pias, e pode-se encher a esquerda com água bem quente (girar a torneira toda para a esquerda), colocar a louça suja ali e depois lavá-la na pia da direita: bem prático! O que descobri também é que existe um padrão na cozinha: o lixo fica embaixo da pia, junto com o detergente e a esponja.
 
A limpeza
Nas casas não tem ralo, então para fazer a limpeza, não se usa tanta água como usamos aqui. Enchemos um balde d’água e jogamos pelo piso, por exemplo, da cozinha. Na Itália isso não existe: eles retiram o pó e usam panos umedecidos, mas nada de balde cheio d’água! Se usa vassoura e pano mesmo.
 
O aquecedor
Em todas as casas e em todos os cômodos o aquecedor está lá, presente. Sem o aquecedor, durante o inverno, todos morreriam! Engraçado notar que o aquecedor lá é uma necessidade pra eles (o frio que peguei de 6C era já insuportável, imaginem temperaturas negativas) e aqui no Brasil o ar condicionado é mais luxo que necessidade.
 
O banheiro
Em muitos banheiros em que entrei, existia sempre um bidê, que aqui no Brasil só encontro em casas muito antigas. O bidê é uma solução incrível e prática! Em todos os banheiros das casas em que entrei, existia sempre uma banheira. Perguntei a muitas pessoas como se faz para tomar banho assim, e muitos me disseram que tomam banho sentados ou então até mesmo em pé, dentro da banheira. Ao menos aqui na cidade do Rio de Janeiro, onde moro, nunca vi nenhuma casa com uma banheira. Quem tem banheira em casa normalmente pertence a uma classe social mais alta aqui.
 
O chuveiro
Muitos chuveiros são removíveis, como o nosso chuveirinho. É como um chuveirinho enorme removível da parede, achei muito mais fácil de tomar banho assim! Assim que cheguei em Roma não sabia bem como usá-lo, porque aqui no Rio pelo menos os chuveiros são todos fixos, ao máximo se remove o chuveirinho, mas lá normalmente a ducha inteira é removível.
 
O lixo
O lixo é separado em casa, ou seja, existe um lixo para plástico, outro para vidro etc. No começo achei complicado, já que aqui no Rio o lixo na cozinha por exemplo, é um lixo comum. A separação do lixo é feita depois pelos coletores. Uma coisa que achei muito estranha é que normalmente no banheiro se joga o lixo fora no vaso sanitário (enquanto aqui o vaso entope sempre!) e não em uma lixeira. Absorventes femininos obviamente devem ser jogados em uma lixeira, mas dentro dos banheiros não existem lixeiras, então papel se joga no próprio vaso.
 

A imagem do Brasil para eles

Durante minha estadia na Itália, tive muita sorte. Não sofri preconceito: a discriminação passou longe. Conheci pessoas fantásticas, mas infelizmente todos nós sabemos que existem estereótipos já prontos sobre cada nação, e o Brasil não foge da regra. Em poucos dias descobri que na Itália se pensa que nós somos um povo muito simpático e receptivo. Reconhecem a qualidade do nosso futebol, a beleza natural no nosso país tamanho gigante (somos 28 vezes maiores que a Itália) e apreciam a riqueza do nosso Carnaval. Conheci uma pessoa muito querida que se chamava Paolo Possidente. Ele dizia gostar muito da música brasileira, especialmente a nossa bossa nova e o chorinho. Achei interessante entrar na casa dele e ouvir música brasileira, me senti um pouco em casa, mesmo não sendo uma super fã do estilo.
Mas isso é só o lado positivo. Descobri também o lado negativo da nossa imagem pra eles. Tais opiniões nascem de estereótipos construídos por casos isolados, casos propagados pela mídia que, depois de um tempo, e com uma pitada de orgulho nacional, depredam um pouco a ideia que se tem de outras nações. Vale esclarecer que o que escrevo aqui, repito, não é uma regra geral de como pensam todos os italianos, mas sim a maioria das pessoas que conheci, e tudo aquilo que ouvi durante minha estadia no país.

A imagem da mulher brasileira
Bem, infelizmente a mulher brasileira é vista por muitos como fácil e interesseira. É uma coisa sinceramente triste, talvez pela abertura com a qual vivemos e lidamos com pessoas aqui no Brasil. O nosso país é por muitos visto como uma pequena zona, resumidamente: mulheres que oferecem sexo fácil, transexuais; loucura no Carnaval etc. A mulher italiana é um pouco mais fechada, não te dá tanta abertura e não sorri tanto. A comparação é inevitável, e o estereótipo existe, sim. O mesmo drama sofrem as romenas: os italianos as consideram no mesmo patamar, talvez porque a maioria das prostitutas que trabalham na Itália é da Romênia.
 
 
Mas no Brasil se fala espanhol?
Encontrei alguns italianos que pensavam que no Brasil se falasse espanhol. Muitos italianos não têm a menor dificuldade com a língua espanhola, e então acham que aqui se fala espanhol também. Na verdade entendo esse raciocínio, já que na Itália falam-se tantos dialetos que é difícil acreditar que num país tão gigante como o nosso se fale somente uma língua. É incrível o fato que os italianos consigam entender tanto espanhol e não conheçam nenhuma palavra em português, tendo Portugal ali tão pertinho. Conheci algumas pessoas que sabiam que o português tinha muitos sons nasais. Um couchsurfer chamado Tiziano Virive, de Roma, me disse que a única coisa que sabia da nossa língua é que pra falar português tem que usar muito o nariz, né?
 
O que muitos pensam do brasileiro
Mais uma vez, infelizmente, uma ideia que muitos italianos têm de nós. Diria que não só italianos pensam assim, mas muitas pessoas que já conheci, de outras nacionalidades. O brasileiro é visto como um malandro, aquele que sorri pra você sempre, aquele que prefere ir à praia a trabalhar. Agora vem cá, quem prefere ir trabalhar a passar pela praia e curtir o mar? A hipocrisia é tanta que não consigo entender certos estereótipos. Ninguém sabe a dificuldade de muitos brasileiros que são trabalhadores, que acordam cedo e pegam ônibus lotado para ir ao trabalho. Brasileiros esses que, sim, curtem o carnaval e adoram ir à praia, mas sabem ter responsabilidade também quando se trata de trabalho. Certamente existem pessoas que não querem trabalhar e preferem viver parasitariamente, mas é só no Brasil que acontece isso?

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Cronograma de viagens

Em breve teremos nosso primeiro post com dicas de viagens. Segue abaixo o cronograma que vem por aí:

- Novembro: São Paulo com Vinny
- Janeiro: Nova York com Thiago
- Janeiro: Itália com Thalia

Muitas curiosidades e informações para compartilhar com vocês!


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